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Alfabetização Tardia

Diculdade de Aprendizagem ou Transtorno de Aprendizagem?

As crianças com dificuldade de aprendizagem na alfabetização, ao receberem apoio direcionado, serão capazes de superar suas dificuldades e aprender a ler e escrever com sucesso. Já os transtornos de aprendizagem são causados por diferenças neurológicas, e requerem intervenções específicas na alfabetização.

Alfabetização Tardia

O “programa” da Alfabetização Tardia em crianças com transtornos de aprendizagem tem como objetivo intervenções estruturadas e sistemáticas.
Levando em consideração as características e interesses individuais de cada criança, com ênfase na consciência fonológica e fonética,
como parte de uma ampla gama de atividades de leitura e escrita, por meio de jogos e brincadeiras em pequenos grupos ou individualmente.

Alfabetização e Dislexia

A dislexia é um transtorno de aprendizagem de origem neurobiológica. Caracteriza-se pelas dificuldades com o reconhecimento preciso e o
fluente das palavras e por habilidades precárias de ortografia e decodificação. A alfabetização multissensorial, com repetição sistemática e frequentes revisões, são essenciais no processo de alfabetização das crianças com dislexia.

Alfabetização e Disgrafia

Conhecido como “letra feia”, este transtorno/distúrbio de aprendizagem se caracteriza como uma grande dificuldade em escrever, levando a criança a exceder o uso de força sobre o papel durante a escrita, apresentando grafias diferentes para a mesma letra ou fragmentações incorretas nas palavras. Evite o emprego de exercícios de caligrafia, os quais podem ser torturadores para a criança, materiais adaptados conforme as habilidades motoras apresentadas, permitir que a criança faça uso do tipo de letra que se sentir mais confiante e confortável (letra bastão, cursiva ou imprensa).

Alfabetização e Deficiência Intelectual (DI)

O atraso global de desenvolvimento neuropsicomotor na DI aparece nos cinco primeiros anos de vida, assim como a dependência excessiva de terceiros,
imaturidade cognitiva e emocional. A criança com DI tende a imitar o outro para cumprir tarefas, por insegurança e pelo atraso na habilidade de memorizar informações verbais O processo de alfabetização na DI é lento e gradual, por isso repetições, instrução direta e explícita, maior monitoramento dos erros e acertos, tempo e revisões constantes e o reforço comportamental são essenciais no processo de aprendizagem da leitura e escrita.

Alfabetização e TEA

Transtorno do Espectro Autista apresenta um espectro bem amplo, desde crianças não verbais até as verbais, por isso o olhar individualizado é muito importante. A alfabetização no autismo é formada por atividades estruturadas, sequenciadas e com instrução explícita. O uso de recursos visuais são essenciais para a aprendizagem da leitura e da escrita. Englobar os interesses restritos da criança no planejamento da aula ajuda na motivação para aprendizagem.

Dicas para Incentivar o Processo de Alfabetização

Incentive a leitura, a escrita e o desenho. Mesmo que a criança continue errando, dê livros, gibis e revistas e lembre-se que é mais fácil ela se interessar pela leitura se tiver algo que ela goste. Sempre que puder, leia junto com seu filho. Faça lista de compras com recortes de encarte. Faça da escrita algo divertido. Incentive seu filho a escrever bilhetes para os familiares, deixe recadinhos para ele no lanche, na geladeira, isso desperta a curiosidade e mostrará o quanto a leitura é útil no nosso dia-a-dia Visite uma biblioteca, uma livraria.

Patrícia Gallego
Pedagoga – Neuropsicopedagoga
Referências: VIANA, Rosineide Oliveira; VIANA JUNIOR, Carlos Alberto da Cruz. Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização
e Letramento nas Séries Iniciais. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 2, Vol. 16. pp.235-251, Março de 2017. ISSN:2448-0959

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